quarta-feira, 18 de novembro de 2009

UMA NOVA VISÃO DA ARTE


Vivemos numa época em que a Arte está muito mais acessível que há tempos atrás. Antigamente, contemplar o mundo da Arte era privilégio de poucos. Visitar museus, exposições, mostras, era uma questão pouco democrática, infelizmente. A acessibilidade a tudo isso era restrita, visto que a classe baixa teria pouca oportunidade de vivenciar experiências artísticas nesse contexto.
Mas com o passar dos anos, e com a inserção da Arte de um modo mais contextualizado na sociedade (contextualizado no sentido da Arte presente nos fatos sociais que ocorrem no mundo), a Arte se tornou bem mais democrática, principalmente nos dias atuais, em que novas tecnologias contribuíram para uma nova visão na área.
Hoje, artista e apreciador, possuem um leque de ferramentas artísticas, bem diferentes dos tradicionais pincéis, tintas, telas. Diferentes não. Apenas estão numa versão mais inovadora.
Telefones celulares, computadores, máquinas fotográficas, entre outros, são novas ferramentas presentes na Arte atual.
A produção de vídeos, a possibilidade de digitalizar fotos, imagens, textos, a criação de "obras de arte" nessa nova roupagem, insere muito mais pessoas no contexto artístico do que antigamente e torna essa área muito mais apreciada. Não que as grandes obras dos grandes mestres da Arte não sejam importantes, mas é que nesse novo cenário em que nos encontramos, essa nova forma de criar, apreciar e refletir a Arte se torna mais interessante para crianças e jovens.
Assim, se o apreciador não pode ir até o artista e a obra, eles vêm até quem quer apreciar. Além do que, a partir disso, artista, apreciador e obra se tornam uma coisa só. Exemplo disso, a arte interativa é um convite a democratização da Arte. Sem falar das obras com multiautoria.
Na formação em Artes Visuais, a disciplina Multimídia acrescentou muito para minha vivência como arte-educadora e artista. Nela pude conhecer várias ferramentas novas para se trabalhar na Arte, tanto que todos os trabalhos acadêmicos que fiz no decorrer deste último ano giraram em torno da disciplina Multimídia, uma vez que utilizei do que aprendi para realizar novos projetos.
Realmente, as ferramentas midiáticas torna a vida do artista e o trabalho do arte-educador bem mais fácil, desde que ambos tenham uma visão ressignificada da Arte e do ensino da mesma.
Falando como professora, a artemídia possibilita que o professor produza muito mais com os alunos, e de forma com que eles se interessem: criando vídeos com os alunos, digitalizando os trabalhos produzidos por eles e possibilitando que eles interfiram nessa obra novamente, no computador, fazer com que eles criem utilizando o celular, que hoje em dia é acessível a todos, promovendo situações em que os alunos possam criar coletivamente, etc.
Acredito que esta reinvenção da Arte possibilite muitos e muitos mais seguidores e torne a Arte um ramo mais apreciado.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Arte, Democracia e Meio Ambiente

Falar de democracia é difícil principalmente em nosso país, onde há tanta desigualdade, tanto preconceito, tanta diescriminação. Se para ter acesso à itens básicos, boa parte da população sofre, quem dirá para desfrutar momentos de lazer e ter contato com alguma obra de Arte, algo ligado a cultura. E é nessa democracia que nós vivemos. Neste mundo tão globalizado como está, com tantas tecnológias, que se inovam dia após dia. A Arte também sofreu transformações. Hoje, ela também é Arte Digital, Arte Audiviosual, Arte Tecnologica. Porém, nem todos tem acesso a esse tipo de Arte, pois elas são pouco democráticas, custa dinheiro. Assistir à um filme, um documentário no cinema é relativamente caro, nem todos podem ter esse prazer. e aí vem a pirataria, que é ilegal, mas é uma forma de aquisição de todo o material. No documentário" UMa verdade incoveniente", Al Gore, político norte - americano, nos mostra como o aquecimento global acabará com o mundo. É um material sem dúvida ótimo, que todos deveriam assistir, para gerar conscientização da população em geral e tentar resolver o problema. Se esse documentário fosse distríbuido gratuitamente nas escolas públicas, atingiria muito mais pessoas, além de mobilizar o grupo escolar a trabalhar o problema em sala de aula. Arte educadores poderiam realizar projetos artíticos baseados no tema. Arte e reciclagem, teatros, produção de pequenos vídeos caseiros (até mesmo utilizando o celular), história em quadrinhos, etc. Trabalhando temas reflexivos, até a aprendizagem se torna mais eficiente. Poderíamos até tentar passar a informação sobre o Aquecimento global pela internet, è comum falarmos hoje em dia, qualquer um tem computador em casa, mas principalmente no Brasil, onde as classes menos priveligiadas representam boa parte da população, foram criadas muitos "analfabetos funcionais digitais", pessoas que até sabem ligar o computador, mas não vão além disso. Não sabem digitar textos, formatar planilhas, se conectarem na internet. Que alfabetização Digital é essa? Isso é um processo democrático? Nem tudo o que se oferece gratuitamente é de qualidade, nesse caso não é. Talvez, programas integrados nas escolas surtam mais efeito, Programas das escolas para a comunidade, abre oportunidade para quem realmente está interessado em aprender, assim, tem acesso quem quer fazer a junção dos problemas da sociedade com a escola, é uma maneira acessível, de qualidade democrática, porque quem participa é quem se interessa. Se esses interessados, pais, alunos que são envolvidos, que estão preocupados , e que não tem condições financeiras talvez para ingressar na faculdade que deveriam ter acesso direto à universidade gratuíta que deveria ser voltada a classe maIs baixa, acaba sendo voltada para classe mais alta, que desde cedo estudou em escolas particulares. Onde está a democracia neste país?

sexta-feira, 20 de março de 2009

Arte interativa e democracia, obra-autor-receptor, leitura de obra de arte

Arte interativa é uma arte moderna, contextualizada e inovadora. Nela, o receptor se faz convidado a participar da obra, seja ela uma instalação, uma obra computadorizada ou algum trabalho em realidade virtual.
O objetivo maior é o de convidar cada vez mais pessoas a conhecer e a participar das questões que envolvem a Arte.
Contudo, muitos ainda preferem privilegiar a maneira mais "tradicional" de compreender a Arte, como as visitas em museus e galerias, uma forma mais elitizada de contato com a Arte.
Porém, a arte interativa é uma forma democrática de tornar a Arte propriamente dita viável a qualquer classe social , visto que, por exemplo, a Internet hoje em dia, liga todos os tipos de classes e socializa qualquer assunto, inclusive a Arte. E essa questão "democracia na Arte", causa muitos questionamentos, pois, atualmente afirmamos que a Arte interativa é democrática, viemos de uma época em que Duchamp afirmava que é o espectador que faz a obra e, a arte nada tem a ver com democracia.
Ao mesmo tempo em que reafirma a questão da interação receptor-obra, nega a questão democracia. Dessa maneira, a leitura de uma obra de arte hoje, acaba ficando mais aberta justamente por essa questão democrática, onde todos podem opinar a respeito do que veem na obra e do que fazem no processo artístico interativo.

quinta-feira, 19 de março de 2009


DIFICULDADES E DIFERENÇAS DE SE REALIZAR UMA PINTURA DA MANEIRA "TRADICIONAL" E NO PAINT

Segundo a proposta de criar uma arte no paint, a maior dificuldade ainda é a coordenação, a falta do contato da mão no lápis, da mão no pincel, da sujeira da tinta na mão.
Acredito que a tecnologia, por mais eficiente que seja, nunca superará a sabedoria e a capacidade humana, e, por mais recursos que o computador forneça, haverá sempre a mão humana por trás.
Um exemplo disso, foi a última aula de multimídia na sala de aula, onde todos realizamos uma única obra no paint, utilizando o tablet, uma mesa e uma caneta onde temos mais controle e coordenação de tudo o que criamos no paint. Porém, por mais que toda essa tecnologia auxiliasse o processo, ainda assim tivemos dificuldades no momento de criação.
Na verdade, o contato físico e sentimental com tudo o que criamos torna qualquer obra com um Q de diferente, portanto, único na Arte.







sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

REFLEXÃO TEMPORAL: ESCOLA, PROFESSOR e ALUNO

Há 30 anos atrás, embora com um método tradicional de ensino, a aprendizagem "funcionava". Professores tradicionalíssimos, alunos totalmente passivos e, com toda essa repressão, o aluno aprendia. Comparando o ensino de nossos pais, avós e talvez além mais, em certas disciplinas, os conteúdos foram tão bem conservados e "aplicados", que hoje em dia, até os que não foram totalmente alfabetizados conseguem realizar cálculos, interpretar, criticar e dar opiniões em algumas situações com o pouco de estudo que tiveram naquela época. Muitos completaram o 4º ano do ensino primário e nunca mais viram escola na vida. Tudo bem, será que foi só esse o papel da escola naquela época? E hoje em dia? Será que é só saber quanto deu a conta no supermercado e conferir o troco se está certo que podemos concluir que a escola fez a diferença na vida daquela pessoa?
Não acredito que a escola sirva só pra isso. Acredito que a escola forma de certo modo, o caráter da pessoa, quando ela quer realmente isso. Mas que muita liberdade, como foi dada em nossos tempos também não dá muito certo. A liberdade está sendo confundida com libertinagem, o que prejudica todo o processo de ensino aprendizagem.
Acredito que o ideal é um mix de idéias de 30 anos atrás, com os tempos atuais, somando com o que pretendemos e almejamos para daqui 10 anos.